Um dia após Lula (PT) ser encurralado sobre seu silêncio em relação à Venezuela, o petista voltou a falar de Israel, país o qual não hesita em atacar.
Em visita ao México, onde acompanha a posse da presidente eleita, Claudia Sheinbaum, nesta terça-feira, 1º, ele criticou o Conselho de Segurança da ONU por não fazer com que o governo de Benjamin Netanyahu “se sente em uma mesa para conversar, ao invés de só saber matar”.
“O que eu lamento profundamente é o comportamento do governo de Israel. Sinceramente, é inexplicável que o Conselho [de Segurança] da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com que Israel se sente em uma mesa para conversar, ao invés de só saber matar“, afirmou.
A declaração foi dada enquanto o Irã, aliado de Lula, retalia Israel com mísseis por lutar por sua sobrevivência e eliminar a cúpula dos grupos terroristas Hamas e Hezbollah, que, patrocinados pelo regime iraniano, massacram civis israelenses e tentam varrer o país do mapa.
Também nesta terça, as Forças de Defesa de Israel expuseram o plano do Hezbollah para invadir o território israelense a partir do sul do Líbano com quase 3 mil terroristas após o massacre cometido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.
Cobrança sobre a VenezuelaComo mostrou Crusoé, Lula reclamou da cobrança por não ter mencionado a Venezuela, do ditador Nicolás Maduro, em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em 24 de setembro.
“Por que eu vou falar da Venezuela? Eu falo o que me interessa falar. O discurso que eu queria fazer [na ONU] era aquele. E foi muito bom discurso”, disse Lula a jornalistas no México.
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Lula não é o únicoAssim como Lula, o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou a ampliação do conflito no Oriente Médio sem mencionar o direito de defesa de Israel aos ataques promovidos por Hezbollah e Teerã.
“Condeno a ampliação do conflito no Oriente Médio, escalada após escalada. Isso tem que acabar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo.”
Em resposta, Israel condenou a incapacidade de Guterres de responsabilizar o Irã pelos ataques.
“Condenamos sua incapacidade de juntar as peças em um tuíte que responsabiliza o Irã pelo disparo de 181 mísseis balísticos contra 10 milhões de civis israelenses.”