Na manhã desta segunda-feira (20), o presidente Lula afirmou torcer por uma boa gestão de Trump nos Estados Unidos (EUA). A fala aconteceu no Brasil, durante a primeira reunião ministerial do ano, momentos antes da posse oficial do republicano que começou por volta do meio-dia no horário de Brasília.
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O discurso manteve um tom pragmático com um dos principais parceiros comerciais do Brasil. O presidente brasileiro também ressaltou que o republicano foi eleito pela democracia estadunidense, em mais uma fala que destaca conhecer a autonomia política de cada país e o respeito às leis vigentes.
“Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problemas na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos, e eu torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o povo americano melhore e continue sendo um parceiro histórico do Brasil”, disse Lula.
Nos Estados Unidos, o presidente é eleito em um modelo de maioria dos delegados, ou seja, não é de forma direta de maioria dos votos como no Brasil. Cada estado dos EUA tem um peso diferente na relação de votos conforme a quantidade de população. O eleitor vota entre republicanos e democratas para definir o Colégio Eleitoral de onde mora. Assim, o partido computa os delegados de cada estado e vence quem tiver 270 (ou mais).
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O chefe do executivo brasileiro esclareceu que as divergências políticas em alinhamentos ideológicos entre os governos não serão um problema, que não haverá briga. O brasileiro também destacou que não quer envolvimento em disputas com países que o Estados Unidos constantemente entra em conflitos e que também são importantes aliados para o Brasil.
“Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a índia e nem com a Rússia. Queremos paz e harmonia. Queremos uma relação onde a diplomacia seja a coisa mais importante, e não a desavença e a encrenca.”
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A relação brasileira com os Estados Unidos deve permanecer diplomática nos próximos dois anos. Mas especialistas dizem que deve haver alguns entraves pela política anti-imigrantes e devido aos aliados econômicos brasileiros no BRICS.
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