A medida, classificada como “vale-ceia”, foi publicada no Diário da Justiça do estado na última quarta-feira (18), gerando questionamentos sobre sua justificativa.
Retorno ao valor original em janeiro Conforme o comunicado oficial, o valor do auxílio-alimentação será reajustado novamente para os R$ 2.055 habituais a partir de janeiro.
Apesar disso, a concessão de valores elevados durante as festividades de fim de ano não é novidade no TJMT, que realizou algo semelhante em 2022, quando o auxílio-alimentação saltou de R$ 1.900 para R$ 6.900 no mês de dezembro.
Presidência do tribunal responsável pela medida A decisão foi assinada pela desembargadora Clarice Claudino da Silva, presidente do TJMT. A magistrada também esteve à frente da aprovação do “vale-ceia” em 2022.
Até o momento, o tribunal não respondeu às solicitações de esclarecimento feitas pela imprensa, ampliando as críticas sobre a falta de transparência na gestão desses recursos.
Repercussão e críticas O aumento expressivo gerou reação entre cidadãos e especialistas, que apontaram para o contraste com a realidade da maioria dos brasileiros, que enfrenta inflação elevada e dificuldades econômicas.
A decisão levantou debates sobre os critérios utilizados para a alocação de recursos públicos, especialmente em um momento em que outras áreas, como saúde e educação, sofrem com falta de verbas.
Conclusão Embora o auxílio-alimentação esteja previsto legalmente, decisões como essa reforçam a percepção de privilégios em setores do funcionalismo público, em detrimento das reais necessidades da população.
É fundamental que o governo federal, em parceria com o judiciário estadual, estabeleça diretrizes mais transparentes e criteriosas para a concessão de benefícios, evitando que recursos públicos sejam utilizados de maneira que amplie as desigualdades e prejudique a credibilidade das instituições.