O jovem atleta brasileiro João Fonseca, de apenas 18 anos, segue encantando o mundo do tênis. Após garantir dois títulos importantes em sequência no fim de 2024 e no começo de 2025, o carioca furou o qualy do Australian Open com três vitórias, sem perder um set. E na manhã de hoje (14), noite na Austrália, ele fez mais um “milagre”: venceu por 3 sets a 0 o russo Andrei Rublev, atual número 9 do ranking mundial. Agora, Fonseca está há 14 jogos invicto.
Fonseca vive uma ascensão meteórica. Para os fãs de tênis, isso não é exatamente uma surpresa. Desde as categorias juvenis, o atleta vem despontando como uma grande promessa. Atual número 112 do mundo, não são poucos os que apostam que ele alcançará o top 10. Contudo, a cautela deve ser aliada à ousadia de Fonseca.
Fonseca, Sinner e Alcaraz
Atualmente, sua carreira segue os passos de grandes nomes do tênis, como o espanhol Carlos Alcaraz e o italiano Jannik Sinner, atuais números 3 e 1 do mundo, respectivamente. Todos os três tenistas conquistaram o torneio ATP Next Gen e seguiram carreiras brilhantes, vencendo Grand Slams nos anos seguintes. Agora, Alcaraz e Sinner dividem o protagonismo no cenário mundial com o veterano Novak Djokovic, de 37 anos, o maior tenista da história em termos de números.
Sinner conquistou seu primeiro Grand Slam no Australian Open de 2024, aos 22 anos. Ele teve um ano quase impecável, levando, além do aberto da Austrália, o US Open, disputado em Nova York. Antes disso, já competia no topo, mas apresentava certas fragilidades no backhand e no saque. Em apenas um ano, corrigiu todas essas falhas.
Alcaraz, por sua vez, é um fenômeno precoce. Campeão de quatro Grand Slams — US Open em 2022, Wimbledon em 2023 e 2024, e Roland Garros em 2024 —, foi o mais jovem da história a vencer um Grand Slam, com apenas 19 anos. Também se tornou o número 1 do ranking mais jovem de todos os tempos. O furacão espanhol continua impressionando, e os duelos contra Sinner já entraram para a história do tênis, e devem seguir o caminho das grandes batalhas entre o chamado Big 3 (os três maiores tenistas de todos os tempos, simultaneamente ativos): Rafael Nadal, Novak Djokovic e Roger Federer.
Fonseca e Iga Świątek
Fonseca, por outro lado, já apresenta golpes extremamente precisos, com peso na bola, topspin veloz e habilidade para fechar a rede ou trabalhar com bolas curtas. Jovem e técnico, sua versatilidade lembra, em uma comparação livre, a da polonesa Iga Świątek. Ela conquistou seu primeiro Grand Slam no Aberto da França, o lendário Roland Garros, aos 19 anos. Hoje, Świątek ocupa a segunda posição no ranking mundial, atrás apenas da fenomenal bielorrusa Aryna Sabalenka.
Caminho de João
Fonseca nasceu em 2006, no Rio de Janeiro. Sua trajetória no esporte começou aos 11 anos, quando trocou o futsal pelo tênis. Desde então, o jovem atleta tem acumulado feitos impressionantes, que o colocam como um nome de destaque no cenário nacional e internacional.
A ascensão de João ganhou força em 2022, quando ele liderou a equipe brasileira na conquista da Copa Davis Juvenil. No ano seguinte, fez história ao assumir o topo do ranking mundial juvenil, tornando-se o primeiro brasileiro a alcançar essa posição.
Atualmente, João ocupa a 112ª colocação no ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), sendo o terceiro melhor tenista brasileiro. Ele está atrás apenas de Thiago Monteiro (105º) e Thiago Seyboth Wild (79º). Esse marco demonstra o potencial do jovem atleta, que segue em busca de consolidar sua carreira no circuito profissional.
Agora, seu próximo desafio será contra o italiano Lorenzo Sonego, na próxima rodada do Australian Open. Embora a data e o horário da partida ainda não tenham sido divulgados, a expectativa é grande para mais uma atuação promissora desse jovem talento, que já inspira uma nova geração de tenistas no Brasil. Caso avance, Fonseca pode cruzar caminhos com Djokovic, Sinner e Alcaraz, além de outros nomes de destaque, como o norte-americano Frances Tiafoe e o russo Daniil Medvedev.