O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder prisão domiciliar à cabeleireira Débora Rodrigues. Em uma declaração publicada nesta sexta-feira (28), Bolsonaro afirmou que a detenção da mulher serviu para “gerar medo, intimidar e enviar recados”.
– Depois de 2 anos e 10 dias presa por passar batom numa estátua, Débora finalmente poderá voltar pra casa se Moraes não insistir no sadismo com que conduziu este e outros casos – afirmou.
Ele destacou que a cabeleireira, mãe de duas crianças, não foi libertada, mas sim submetida a um regime de prisão domiciliar, “como se ainda representasse um risco concreto à ordem pública”.
Bolsonaro também criticou a mudança de posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que antes se opunha à soltura e agora defendeu a prisão domiciliar.
– Não houve mudança nos fatos. Nada mudou. Exceto uma coisa: a vergonha ficou grande demais pra sustentar – disse.
Ele classificou a punição de Débora como “justiça de ocasião” e um “Estado de Direito sob medida”. Para ele, a decisão não representa um avanço, mas um “recuo tático” diante da pressão pública.
Por fim, Bolsonaro afirmou que o sofrimento dos filhos da cabeleireira pode diminuir, mas alertou que ela ainda corre o risco de voltar para a prisão. Ele também pediu atenção a outras pessoas que, segundo ele, ainda estão presas injustamente.
– Ainda existe muita gente sofrendo, com penas desproporcionais – concluiu.