O Natal vai ficar mais caro para a maioria das famílias este ano de 2022, como indica o inquérito do economista André Braz, com base em dados do Índice de Preços no Consumidor (IPC) do fgv. A inflação média na cesta de Natal deste ano é mais que o dobro da taxa no Natal do ano passado, em 8,55% do acumulado do ano até novembro de 2021.
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A cesta considerada no cálculo inclui os 18 produtos mais utilizados nas receitas natalinas. Entre os itens: arroz, cebola, frango (incluindo Chester), frutas, óleo de soja, azeite e outros. No entanto, mesmo com a inflação acima do ano anterior, o resultado ainda está dentro da faixa de inflação em 2022.
Segundo Braz, o que chama a atenção é o aumento dos preços nos últimos meses, depois que o setor de alimentos foi duramente atingido. “Tem havido um aumento frequente dos elementos que compõem esta interrupção que fizemos para o jantar de Natal. Consiste nos elementos que puxaram a inflação em 2022.”
Quais itens subiram mais?
Entre os cinco primeiros aumentos de preços estão alguns produtos que não são de uso exclusivo no Natal, como a cebola, que aumentou 167,6%. Além de frutas (38,8%), farinha de trigo (30%), maionese (29,9%) e batata inglesa (29,9%). Apenas um ingrediente teve queda em seu preço médio, com o arroz, com diferença de -1,63%.
Braz menciona que a diminuição do preço do item se deve a um aumento na oferta, após uma boa safra da safra na produção nacional para esse período. Além disso, os produtos que alcançaram os menores aumentos são:
Lombo de porco: 0,13%.
perna de porco: 0,64%;
carne bovina: 2,39%;
Óleo de soja: 2,82%.
Assim, mesmo com aumentos muito grandes em alguns elementos, itens com maior valor de jantar, como as proteínas animais, tiveram aumentos menores. Assim, o orçamento das famílias acaba ficando um pouco vulnerável, pois os itens mais aumentados, como hortaliças, são comprados em quantidades menores para comemorar o Natal.