As montadoras Honda e Nissan anunciaram nesta segunda-feira (23), o início das negociações para uma fusão entre as duas gigantes do setor automotivo. A medida extrema busca enfrentar os desafios atuais do mercado, que está sendo transformado pelos veículos elétricos, em ascensão pelos concorrentes chineses e norte-americanos, como a BYD e a Tesla.
A fusão entre duas das maiores montadoras do Japão pode criar a terceira maior empresa automotiva do mundo em volume de vendas, atrás apenas da Toyota e da Volkswagen. Em 2023, a Honda e a Nissan venderam em torno de 7,4 milhões de veículos, em um faturamento combinado de mais de 190 bilhões de dólares.
Embora a iniciativa seja considerada promissora, ela também é alvo de críticas por alguns especialistas. “São duas companhias fortes nas mesmas áreas e fracas nas mesmas também. Para mim, a fusão não faz sentido”, ressaltou Carlos Ghosn, ex-CEO da Nissan e foragido da polícia japonesa, em entrevista no Líbano.
Podendo redefinir o mercado automotivo global, o anúncio da fusão já impactou as ações das empresas na Bolsa de Tóquio: a Honda obteve uma alta de 3,82% após o anúncio, enquanto a Nissan registrou a alta de 1,58%.
As empresas pretendem integrar suas operações sob uma única holding, com negociações previstas para serem concluídas até junho de 2025. A fusão ficaria então para ser formalizada em agosto de 2026, valendo mais de US$ 50 bilhões.
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