O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 14, que as grandes empresas de tecnologia estão alinhadas à “extrema direita”. Em entrevista coletiva, Haddad direcionou críticas à Meta, dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, pelo encerramento de seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos, alegando que a medida favorece a disseminação de fake news e pode gerar “dias difíceis” no combate à desinformação.
Críticas à Meta e à Disseminação de Fake NewsHaddad destacou que a interrupção da checagem de fatos pela Meta contribui para o avanço de notícias falsas e reforçou sua preocupação com o uso de deepfakes, uma tecnologia baseada em inteligência artificial que manipula imagens e sons, tornando difícil distinguir o real do falso.
“Parece que, depois desse alinhamento das big techs com a extrema direita, vamos ter efetivamente dias difíceis pela frente. Isso consome energia do governo, do Estado, dos funcionários públicos para combater um tipo de barbaridade que, na minha opinião, com esse alinhamento com o fascismo, deve acontecer mais”, declarou o ministro.
Preocupações com uma “Extrema Direita” GlobalDurante a coletiva, Haddad afirmou que existe uma “extrema direita” organizada mundialmente, com grande poder de influência, o que, segundo ele, representa uma ameaça às democracias.
“Isso é muito delicado à democracia”, afirmou Haddad, enfatizando que o fenômeno não se restringe ao Brasil e que as empresas de tecnologia desempenham um papel relevante nesse cenário.
Haddad como Alvo de DeepfakesO ministro relatou ter sido vítima de deepfakes pela segunda vez em menos de uma semana, com vídeos falsos que atribuíam a ele declarações que nunca foram feitas. Ele citou, como exemplo, um vídeo que circulou recentemente, alegando que haveria impostos sobre o Pix e sobre pets, informação que já havia sido desmentida.
Haddad agradeceu aos congressistas, inclusive da oposição, que repudiaram a disseminação do vídeo falso, destacando a necessidade de união no enfrentamento da desinformação.