A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou nesta terça-feira (8) um pedido à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a abertura de uma investigação criminal em razão das declarações feitas pelo deputado Gilvan da Federal (PL-ES) durante votação de projeto que prevê que os seguranças do presidente da República e de ministros de Estado sejam proibidos de utilizar armas de fogo.
Durante a discussão do projeto, o relator do texto, Gilvan da Federal, desejou a morte do presidente Lula.
“Por mim, eu quero mais é que o Lula morra! Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos! É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas eu quero que ele morra! Quero que ele vá para o quinto dos infernos porque nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer… tomara que tenha um ataque cardíaco. Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando nosso país. E eu quero mais é que ele morra mesmo. Que andem desarmados. Não quer desarmar cidadão de bem? Que ele andem com seus seguranças desarmados”, afirmou o parlamentar.
No documento, a AGU afirmou que as declarações podem configurar, em tese, os crimes de incitação ao crime e ameaça.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), prometeu acionar o Conselho de Ética contra Gilvan da Federal.
A proposta, que visa desarmar a segurança de Lula, foi aprovada, nesta terça-feira (8), pela Comissão de Segurança Pública, por 15 votos a 8.
Antes de ir ao Plenário, o texto deverá ser analisado pelas comissões de Constituição e Justiça e de Administração e Serviço Público.