O governo federal, sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, registrou gastos de R$ 13,2 milhões com viagens apenas no mês de janeiro de 2025. Desse total, R$ 7 milhões foram destinados a passagens aéreas, enquanto R$ 6,1 milhões cobriram diárias pagas a funcionários. Esses valores refletem um aumento significativo nas despesas com deslocamentos oficiais, especialmente em um período marcado por recessos no Legislativo e no Judiciário. Além disso, 13% do montante (R$ 1,75 milhão) foi utilizado em viagens internacionais, evidenciando a intensificação das atividades governamentais no exterior.
Contexto histórico e comparações com anos anteriores
Os gastos com viagens no governo Lula têm apresentado uma trajetória ascendente desde o início do mandato. Em 2023, o governo federal desembolsou R$ 2,28 bilhões com passagens e diárias, valor que se manteve próximo em 2024, com R$ 2,27 bilhões.
Esses números contrastam com os registrados durante a pandemia de Covid-19, quando as restrições reduziram drasticamente as despesas para R$ 1,21 bilhão em 2020 e R$ 1,37 bilhão em 2021. A retomada das atividades presenciais e a ampliação da estrutura governamental, com o aumento do número de ministérios de 23 para 38, são fatores que contribuíram para o crescimento desses custos.
Impactos e análises sobre os gastos com viagens
O aumento nos gastos com viagens reflete não apenas a reabertura econômica pós-pandemia, mas também a maior participação do Brasil em eventos internacionais. A primeira-dama Janja da Silva, por exemplo, anunciou uma viagem a Roma para participar de um evento da ONU, exemplificando o engajamento do governo em fóruns globais. Além disso, a expansão do número de ministérios resultou em mais deslocamentos internos, com destaque para o trecho Brasília-São Paulo, que registrou 166 viagens apenas em janeiro. Esses dados levantam debates sobre a eficiência e a necessidade de tais despesas em um contexto de ajuste fiscal.
Perspectivas futuras e fechamento
Diante do cenário atual, espera-se que os gastos com viagens continuem elevados ao longo de 2025, especialmente com a manutenção de uma agenda internacional ativa e a necessidade de deslocamentos internos para a execução de políticas públicas. O governo busca equilibrar a demonstração de compromisso com o controle de gastos e a necessidade de manter uma presença forte tanto no cenário nacional quanto internacional. No entanto, a discussão sobre a otimização desses recursos permanece relevante, especialmente em um contexto de pressão por maior transparência e eficiência na gestão pública.