O jornalista norte-americano Glenn Greenwald protagonizou um momento marcante no Senado Federal ao comparecer pessoalmente a uma audiência da Comissão de Segurança Pública. Sua presença foi motivada por questões envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que havia sido convidado para prestar esclarecimentos, mas não compareceu.
Declarações contundentes contra o ministro do STF
Durante sua fala, Greenwald apresentou uma série de denúncias graves. Segundo ele, há indícios preocupantes de abuso de poder por parte do ministro Alexandre de Moraes, especialmente no uso de instituições como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fins que, segundo Greenwald, extrapolam os limites legais e constitucionais.
O jornalista revelou trechos de áudios que teriam sido obtidos durante investigações conduzidas anteriormente. Nestes registros, ex-assessores de Moraes supostamente expressam dúvidas sobre a legalidade de ações coordenadas pelo ministro, reconhecendo possíveis irregularidades nos procedimentos adotados.
Caso internacional usado como exemplo
Um dos episódios relatados por Greenwald aconteceu em Nova York. De acordo com ele, durante uma manifestação crítica ao STF em solo americano, Alexandre de Moraes teria se mobilizado para acionar o TSE a fim de investigar os envolvidos — mesmo sem haver qualquer ligação direta com o processo eleitoral brasileiro. Isso, segundo Greenwald, configura um exemplo claro de extrapolação de atribuições.
Clima de intimidação e medo
Além das denúncias de abuso institucional, Greenwald relatou um ambiente de tensão crescente entre autoridades públicas e jornalistas. Segundo ele, existe um receio generalizado em fazer críticas públicas a Moraes. Muitas pessoas, segundo o jornalista, preferem expressar suas opiniões apenas em conversas privadas, com medo das consequências.
“Conversei com diversas autoridades que se sentem amedrontadas. Elas têm receio de se posicionar de maneira pública por temerem represálias”, afirmou o jornalista, destacando um cenário que, para ele, fere diretamente os princípios democráticos.
Censura e perseguição ao jornalismo
Em outro trecho de seu depoimento, Glenn Greenwald acusou Alexandre de Moraes de promover censura institucionalizada contra a imprensa. Ele alegou que o ministro utiliza termos como “organização criminosa” para deslegitimar o trabalho de jornalistas e veículos que publicam matérias críticas ao Judiciário ou à esquerda política.
“Há uma tentativa deliberada de criminalizar o jornalismo investigativo, principalmente aquele que busca mostrar o outro lado da história”, afirmou Greenwald.
O livro que revela bastidores e incomoda o sistema
As falas de Greenwald reforçam a narrativa apresentada no livro “O Fantasma do Alvorada – A Volta à Cena do Crime”, considerado por muitos um verdadeiro documento histórico. A obra denuncia, com riqueza de detalhes, os bastidores da volta de Lula à presidência e as estratégias supostamente orquestradas para perseguir adversários políticos, especialmente o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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O livro trata de temas como censura, manipulação midiática, prisões políticas e o uso do Judiciário como ferramenta de controle. Lançado como um alerta à população, ele rapidamente se tornou um best-seller, incomodando setores que prefeririam ver suas páginas esquecidas.
Bolsonaro conhece e endossa a obra
O impacto da publicação foi tamanho que o próprio Jair Bolsonaro já teve contato com o conteúdo do livro. O ex-presidente teria demonstrado interesse em divulgar as informações contidas na obra, que são tidas por seus apoiadores como a chave para entender o momento político atual do Brasil.
Censura e risco de banimento
Diante de seu conteúdo incisivo, não é surpresa que o livro tenha sido colocado na “mira” da censura. Muitos temem que ele seja retirado de circulação ou sofra represálias judiciais, o que tornaria sua aquisição urgente para quem deseja conhecer os bastidores que, segundo os autores, estão sendo ocultados da população.
Perseguição e perda de liberdades
De acordo com os críticos do atual cenário político e jurídico do Brasil, as ações do ministro Moraes estariam pavimentando o caminho para a supressão de liberdades fundamentais. A repressão a opiniões divergentes, o controle sobre o debate público e a criminalização de adversários políticos são sinais, segundo eles, de um processo autoritário em curso.
Greenwald reforçou esse sentimento ao afirmar que o Brasil está atravessando um momento decisivo. “O que está em jogo não é apenas a liberdade de imprensa, mas o futuro da democracia brasileira”, alertou.
Um futuro incerto e vigilante
O discurso de Glenn Greenwald trouxe à tona debates que estavam sendo abafados sob o peso da judicialização da política. Suas revelações reacenderam discussões sobre os limites do poder de ministros do STF e sobre os riscos que a liberdade de expressão enfrenta no Brasil atual.
Para muitos, o depoimento foi um chamado à vigilância. A presença de Greenwald no Senado e a repercussão de suas palavras mostram que ainda existem vozes dispostas a resistir ao silêncio imposto. Resta saber se o sistema político e jurídico brasileiro está disposto a ouvir — ou se continuará a calar, investigar e punir aqueles que ousam discordar.
