No Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) lidera a disputa, consolidando sua influência após presidir a Comissão de Constituição e Justiça. A formação dessas lideranças será decisiva para o andamento de projetos prioritários no Legislativo.
Prioridades Legislativas e o Palácio do PlanaltoEntre os desafios do governo está a aprovação da Lei Orçamentária Anual de 2025, atrasada no ano passado. Além disso, o Ministério da Fazenda busca aprovar a reforma do imposto de renda, prometendo maior equidade tributária e isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
Essas pautas, no entanto, esbarram na necessidade de apoio parlamentar, especialmente em um cenário de distanciamento estratégico do governo nas articulações internas do Congresso.
Crise das Emendas ParlamentaresA crise envolvendo emendas parlamentares complicou ainda mais a articulação política do governo. O Supremo Tribunal Federal exige maior transparência nos repasses, paralisando bilhões em emendas no segundo semestre de 2024.
Líderes partidários pressionam para derrubar vetos presidenciais à Lei de Diretrizes Orçamentárias, aumentando o custo político para o Planalto.
Mini Reforma Ministerial em DiscussãoCom foco nas eleições de 2026, o governo avalia uma mini reforma ministerial para ampliar sua base de apoio, incluindo mais representantes do Centrão.
Essa estratégia, porém, reforça a dependência do Executivo em relação ao Legislativo e suscita críticas sobre a fragilidade do modelo de governabilidade.
ConclusãoA gestão Lula inicia o ano sob forte pressão. A lentidão na aprovação de pautas essenciais, aliada à crise de articulação política, expõe as contradições de um governo que prometeu eficiência e transparência.
O embate sobre emendas parlamentares evidencia a falta de preparo para lidar com as complexidades do Congresso.A dependência de manobras políticas e concessões enfraquece a autoridade do Planalto.