“Otimismo cauteloso”. Assim define o Brasil, um grande relatório sobre proteção às florestas e medidas contra o aquecimento global. O relatório ambiental anual Forest Declaration Assessment, elaborado por entidades como a ONU, fez um balanço da situação das florestas em todo o mundo. No Brasil, destaque para uma mudança completa desde o início do governo Lula. “Em apenas oito meses, o país reduziu em 48% o desmatamento na Amazônia”, comenta o relatório divulgado hoje (8).Então, os cientistas prosseguem ao dizer que “se esta trajetória continuar, colocará o país de volta nos trilhos e nas metas após o governo controverso do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-22)”. Os cientistas não pouparam críticas, embasada em dados, ao ex-presidente de extrema direita. “Bolsonaro sofreu intensas críticas por sua política ambiental. Ele terminou seu governo com um aumento de 60% no desmatamento na Amazônia em comparação com os quatro anos anteriores.”Contudo, agora o panorâma é outro. De acordo com a entidade, “as expectativas são altas” com Lula e o Brasil. “Esperamos que a administração de Lula repita o sucesso em reduzir o desmatamento que ele conseguiu durante seus primeiros mandatos. Na época, o desmatamento caiu de 27,8 milhões de hectares em 2004 para 7 milhões de hectares em 2010”.Relatório ambiental e LulaO relatório aponta alguns caminhos que Lula já traça para conseguir êxito na proteção ambiental. “Agências de fiscalização foram significantemente enfraquecidas durante o governo Bolsonaro. Lula foi eleito com a promessa de lutar contra crimes ambientais (…) O reforço na fiscalização veio quase imediatamente com a mudança de governo e as polícias do Brasil conduziram operações de larga escala para remover milhares de garimpeiros e pecuaristas ilegais de áreas indígenas. O governo também estabeleceu um ministério especial, do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, com foco no combate ao desmatamento e centrado em tecnologias de controle.”DesafiosAgora, o relatório destaca grandes desafios que Lula ainda terá de enfrentar. Em particular, a fragilidade dos biomas frente ao aquecimento global. Além disso, um Congresso dominado por forças ultraconservadoras, de direita, interessadas no desmatamento e no agronegócio. “Forças poderosas do agronegócio no Parlamento já impuseram alguns retrocessos na agenda de proteção ambiental de Lula em 2023. Governos locais também apresentam níveis distintos de engajamento no tema.”Outro grande desafio está no Cerrado. O bioma é particularmente frágil e não conta com proteções e atenções tão focadas quanto a Amazõnia. Então, o relatório pede maior cuidado com a região. Contudo, como dito anteriormente, existem divergências entre o governo central e locais. Goiás, por exemplo, possui ampla faixa de Cerrado e tem como governador um ruralista (Ronaldo Caiado, do União Brasil), que possui compromissos muito mais fortes com o dinheiro do agronegócio do que com a preservação.“Temos razões para estarmos preocupados com o Cerrado. Vimos aumentar a conversão do bioma (de floresta para pasto) em 20% nos oito primeiros meses de 2023. Com solo fértil e boa infraestrutura, a região é particularmente atrativa para a expansão do agronegócio e desmatamento, particularmente porque as leis florestais brasileiras permitem uma perda de vegetação original maior no Cerrado do que na Amazônia”, informa o documento.
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