A embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, deverá representar o país, caso seja convidada.
Ausência de Vieira e Amorim na cerimôniaO Itamaraty descartou a presença do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do assessor internacional da Presidência, Celso Amorim.
A decisão reflete o distanciamento entre os dois países desde a polêmica eleição venezuelana realizada em 28 de julho.
Críticas de Maduro ao governo brasileiroMaduro, declarado reeleito para um terceiro mandato, fez duros ataques ao governo Lula por não reconhecer o resultado eleitoral.
O presidente venezuelano chegou a acusar, sem apresentar provas, o Brasil de conspirar contra a Venezuela. Lula, em resposta, classificou Maduro como “extremista”, expondo o tensionamento diplomático.
Canal de diálogo mantidoApesar das críticas, o governo brasileiro considera essencial manter um canal de diálogo com o regime chavista. Por essa razão, a embaixadora em Caracas deve comparecer à posse.
A decisão também busca evitar um rompimento diplomático, como ocorreu durante a gestão de Jair Bolsonaro.
Segurança dos brasileiros e relações com a regiãoDiplomatas destacam que a manutenção da interlocução é crucial para a segurança dos brasileiros residentes na Venezuela. Além disso, o Brasil é responsável atualmente pela proteção das embaixadas do Peru e da Argentina em Caracas, onde se abrigam seis opositores políticos do regime de Maduro.
Suspeitas de fraude eleitoral persistemO Brasil, junto à Colômbia e ao México, solicitou a divulgação das atas eleitorais da votação de julho. O órgão eleitoral venezuelano não apresentou os documentos, reforçando as suspeitas de fraudes no pleito.
ConclusãoA ausência de figuras de alto nível na posse de Maduro sinaliza uma postura ambígua do governo Lula. Embora não reconheça a legitimidade do pleito, a manutenção de relações parece priorizar pragmatismo político.
O governo precisa ser mais firme em sua política externa, exigindo a transparência democrática prometida pela Venezuela.