O senador Flávio Bolsonaro revelou que há articulações no Congresso para conceder anistia a seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e revogar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível até 2030. Flávio destacou que a estratégia também inclui a anistia dos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro.De acordo com o senador, há um esforço para reverter o que ele considera decisões influenciadas politicamente contra Bolsonaro.“Há uma influência política nos julgamentos sobre Bolsonaro. Essa conjuntura política pode mudar até 2026. Esse é um ponto. O outro ponto que eu vejo que pode reposicioná-lo é, sem dúvida alguma, a anistia que está sendo costurada, eu tenho certeza que vai ser aprovada ainda este ano, tanto no Congresso quanto no Senado, que pode vir também, e não só fazer justiça com quem foi absurdamente injustiçado em função do que aconteceu em Brasília no 8 de janeiro”, afirmou.O tema da anistia para os condenados do 8 de Janeiro já vinha sendo defendido por bolsonaristas. Jair Bolsonaro reforçou a ideia em um discurso no Dia da Independência, quando pediu o perdão para aqueles condenados por participação nos ataques em Brasília.“Essas condenações do 8 de Janeiro, nós temos que, através de uma anistia, beneficiar essas pessoas que foram injustamente condenadas. […] Nós seremos vitoriosos, daremos uma anistia”, declarou Bolsonaro.Questionado sobre o alcance da anistia, Flávio Bolsonaro indicou que ela poderá eventualmente beneficiar também o ex-presidente. Ele afirmou:“Eu acredito, sim, que, em algum momento, antes de aprovar essa anistia para as pessoas que foram injustiçadas e presas no 8 de Janeiro, isso vai, direta ou indiretamente, refletir no presidente Bolsonaro”.Bolsonaro foi considerado inelegível em junho do ano passado após uma decisão do TSE, que, por cinco votos a dois, o condenou por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação.A condenação decorreu de uma reunião com embaixadores na qual Bolsonaro questionou a integridade do sistema eleitoral sem apresentar provas. A defesa do ex-presidente apelou ao Supremo Tribunal Federal, que ainda não julgou o recurso, e o relator do processo, ministro Luiz Fux, recentemente solicitou um parecer da Procuradoria-Geral da República.
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