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O comércio eletrônico (e-commerce) no Brasil está em pleno crescimento, movimentando R$ 196,1 bilhões em 2023, o que representa um aumento de 4% em relação ao ano anterior, quando o setor registrou R$ 187,89 bilhões. Desde 2016, o e-commerce brasileiro quintuplicou, conforme revelam os dados do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), divulgados na última terça-feira (03), em Brasília.
O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, destacou durante a III Reunião da Câmara de Comércio e Serviços Conectados ao Varejo (FMCS), a importância do e-commerce para o desenvolvimento nacional. Ele ressaltou que a plataforma do observatório oferece informações estratégicas fundamentais para o crescimento do comércio brasileiro.
Como o e-commerce está mudando o cenário econômico?
O comércio eletrônico tem se tornado cada vez mais relevante no Brasil, especialmente em estados como São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais, que concentram quase 60% do comércio eletrônico. Esse cenário evidencia a necessidade de avançar na inclusão digital e na distribuição de renda. A redução do desemprego e o aumento do PIB também são fatores que têm fortalecido o poder de consumo da população.
Baseado em dados das Notas Fiscais eletrônicas fornecidos pela Receita Federal, os smartphones foram o produto mais vendido no comércio eletrônico brasileiro em 2023, com um total de R$ 10,3 bilhões. Outros produtos de destaque incluem livros e brochuras (R$ 6,4 bilhões), televisores (R$ 5,3 bilhões), refrigeradores e congeladores (R$ 5 bilhões), tablets (R$ 4,4 bilhões) e complementos alimentares (R$ 3,7 bilhões).
Quais produtos são mais vendidos por estado?
A lista de produtos mais vendidos varia entre os estados brasileiros. Em Minas Gerais, calçados lideraram as vendas, enquanto no Espírito Santo, os aparelhos de ar-condicionado foram os mais vendidos. Já em Santa Catarina e na Paraíba, os refrigeradores e congeladores dominaram o mercado, e em Goiás, os automóveis se destacaram. No Distrito Federal, os livros foram os líderes de venda.
- Minas Gerais: Calçados
- Espírito Santo: Aparelhos de ar-condicionado
- Santa Catarina e Paraíba: Refrigeradores e congeladores
- Goiás: Automóveis
- Distrito Federal: Livros
A região Sudeste concentrou 73,5% das vendas online, seguida pelas regiões Sul (15,2%), Nordeste (7%), Centro-Oeste (3%) e Norte (1,3%). Quando analisada a região de origem das compras, o Sudeste também liderou, com 55,6% dos negócios, seguido pelo Sul (16,8%), Nordeste (15,8%), Centro-Oeste (8,3%) e Norte (3,3%).
O que é o projeto E-commerce.BR?
Para aumentar a participação de pequenos negócios no comércio eletrônico, o MDIC e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estão desenvolvendo o projeto E-commerce.BR, previsto para ser lançado neste semestre. A iniciativa busca melhorar o desempenho financeiro de pequenas empresas, especialmente em regiões onde o comércio eletrônico ainda tem baixa adesão.
As transações interestaduais dominaram o fluxo de comércio eletrônico, representando 62% do total, em comparação com 38% das transações realizadas dentro dos próprios estados.
Quais são as ferramentas disponíveis para análise do e-commerce?
Lançado em 2023, o Dashboard é uma ferramenta pública que reúne dados oficiais sobre o comércio eletrônico no Brasil. Ela permite uma análise detalhada das vendas realizadas por empresas a consumidores pessoa física, abrangendo uma grande variedade de operações em todo o território nacional. A plataforma também possibilita consultas específicas por produtos com base na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), oferecendo uma visão inovadora e abrangente do setor.
Com o mercado de e-commerce em expansão, acompanhar essas tendências é vital para entender o comportamento do consumidor e potencializar as estratégias de venda. O futuro promete ainda mais crescimento e oportunidades para quem atua nesse segmento.