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Uma das mais estranhas condições neuropsiquiátricas já registradas pela medicina é conhecida como “síndrome do cadáver ambulante” (ou “delírio cottard”). Aqueles que sofrem do problema acreditam que estão mortos ou não têm elementos básicos da vida, como sangue ou órgãos.
É uma doença rara, observada em menos de 100 pessoas desde que foi prescrita pelo neurologista francês Jules Cottard em 1880.
Ausência de membros
O primeiro caso que Cottard seguiu foi de uma mulher de 43 anos chamada Mademoiselle X, e a paciente imaginava que ela “não tinha cérebro, nervos, peito ou intestinos, e era apenas pele e osso”. Ela também pensou que era incapaz de morrer de morte natural. Porque ele achava que não tinha órgãos, ele se recusou a comer e acabou morrendo de fome.
Ação Zumbi
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Um caso mais novo foi relatado no Reino Unido. O soldado britânico Warren McKinley começou a acreditar que ele morreu após sofrer um grave acidente de moto na véspera de embarcar em uma missão no Afeganistão. Durante sua internação, ele pensou que estava em algum tipo de vida após a morte. O paciente também se recusou a comer por um tempo, mas acabou se tratando e melhorou quando conheceu outro paciente da síndrome.
De acordo com Helen Qiu, professora de psiquiatria da Universidade Chinesa de Hong Kong, a exposição a lesões cerebrais é uma das condições para o desenvolvimento da síndrome do cadáver ambulante. Outros fatores que podem desencadear a doença podem ser depressão severa e esquizofrenia. É possível que doenças ou lesões danifiquem as áreas do cérebro envolvidas nesse feedback emocional, levando a sentimentos de separação que podem piorar até que o sentimento de morte se desenvolva.