Desde dezembro do ano passado, quando sofreu um acidente doméstico no Palácio da Alvorada e bateu com a cabeça, o presidente Lula (PT) vem despachando da Granja do Torto, residência de campo da Presidência da República, em Brasília (DF).
Na última segunda-feira (20), o chefe do Executivo realizou uma reunião ministerial no Torto, o que é incomum no protocolo presidencial.
Ministros de Lula minimizaram a situação e disseram que o presidente prefere a Granja do Torto para ter um controle maior de sua agenda. Assessores disseram à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, que, no Palácio do Planalto, Lula está sujeito a constantes interrupções, o que não aconteceria na residência de campo.
– No gabinete no Planalto, ministro, gente que veio para ato, gente que vem para outra audiências vão para lá pressionar para uma foto, uma audiência fora da agenda. No Torto, isso não acontece, e ele consegue organizar melhor a agenda – disse um ministro próximo a Lula, de acordo com a coluna.
A QUEDALula, que completará 80 anos em outubro deste ano, relatou uma queda no banheiro da residência oficial da Presidência, em 9 de dezembro. Devido à gravidade, o petista teve de ser submetido a uma cirurgia chamada craniotomia, para drenar um sangramento intracraniano que surgiu em decorrência do acidente. E não foi o suficiente.
Três dias depois, em 12 de dezembro, Lula teve complicações e precisou passar por outro procedimento para evitar novos sangramentos cerebrais. A técnica utilizada é conhecida como embolização da artéria meníngea média. O objetivo da intervenção foi bloquear o fluxo sanguíneo na região do hematoma.