O deputado federal Evair de Melo (PP-ES) anunciou que pedirá uma investigação rigorosa sobre a gestão de Marcio Pochmann, presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sob acusação de manipulação de dados e interferência política. Pochmann, um economista de perfil ideológico alinhado ao PT, é alvo de críticas por parte de sindicalistas e membros da oposição, que acusam sua administração de ser “midiática e política”.
A polêmica intensificou-se após a debandada de diretores do IBGE que, em carta, denunciaram a deterioração do ambiente de trabalho no instituto.
Críticas à Gestão Pochmann
Evair de Melo afirmou que o governo “tenta maquiar seu desgoverno” por meio de uma interferência criminosa no IBGE, que está sob a alçada do Ministério do Planejamento, liderado por Simone Tebet (MDB-MS). Entretanto, Tebet, segundo o parlamentar, estaria de mãos atadas, já que Pochmann é uma escolha pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Dados Contestados
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O deputado destacou discrepâncias nos dados divulgados pelo IBGE, como a taxa de desemprego de 6,8% registrada em dezembro de 2024, que teria desconsiderado 37 milhões de beneficiários do Bolsa Família, distorcendo a realidade do mercado de trabalho.
Comparações com o “IBGE da Argentina”, marcado por manipulação de dados na era de Cristina Kirchner e Alberto Fernández, têm sido feitas pela oposição, que teme que o órgão perca sua credibilidade como referência nacional e internacional.
Histórico de Pochmann
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Marcio Pochmann, antes de assumir o IBGE, foi presidente da fundação petista Perseu Abramo e do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Sua atuação em cargos públicos sempre gerou polêmicas, com críticas sobre sua condução técnica e alinhamento ideológico. Além disso, Pochmann é crítico do sistema Pix, uma das principais inovações financeiras implantadas no governo Bolsonaro, o que reforça o descontentamento de setores da oposição.
Investigação no Congresso
A iniciativa do deputado Evair de Melo visa apurar possíveis manipulações nos dados oficiais, que incluem indicadores de inflação, desemprego e crescimento econômico, fundamentais para orientar decisões de políticas públicas e o mercado financeiro.
A oposição no Congresso vê a situação como grave, especialmente pela relevância do IBGE como órgão estatístico de confiança nacional. Segundo Evair, a condução de Pochmann compromete a imparcialidade do instituto, essencial para a transparência das informações no Brasil.
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