Em entrevista exclusiva ao Poder Expresso, nesta quinta-feira (20), a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) negou ter usado recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para pagar um procedimento de harmonização facial em 2022, ano em que foi eleita para uma vaga na Câmara dos Deputados.
A parlamentar teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá, na quarta-feira (19), após denúncia feita ao Ministério Público Eleitoral (MPE) por uma ex-assessora, que afirmou que, ainda em campanha, a deputada determinou a transferência de R$ 9 mil para um cirurgião-dentista que realizaria a harmonização facial.
“Para mim foi uma surpresa. Eu fiquei sabendo pela imprensa. Não fui intimada, não sabia desse julgamento. Esse julgamento foi uma surpresa, até porque essas contas já estavam aprovadas desde 2022. Eu só pude ser diplomada após a aprovação dessas contas”, explicou a deputada.
Ela completou, ainda, que os recibos apresentados não condizem com a denúncia. “Me chamou a atenção ser uma alegação de harmonização facial, mas o recibo ser de tratamento odontológico, é um recibo falso. Então tem provas muito frágeis, que foram forjadas”, completou.