Ao encaminhar à Procuradoria-Geral da República um ofício pela extinção do PL, partido de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro, o deputado federal André Janones (Avante-MG) utilizou um cadastro suspenso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), registrou o Poder 360.
Apesar de se apresentar como deputado, e não como advogado, Janones assinou o documento com o seu registro da OAB de Minas Gerais.
O registro consta como suspenso no cadastro da entidade.
O ofício de Janones contra o PLNa visão do parlamentar aliado de Lula, o PL está envolvido em “práticas antidemocráticas”. O pedido do parlamentar ocorreu em 14 de novembro, mesmo dia em que uma pessoa atirou fogos de artifício no STF e morreu em seguida.
“Cada dia que passa fica mais claro que o PL e o bolsonarismo são cúmplices desses atos criminosos e terroristas. Bolsonarismo é a maior facção criminosa desse país. Não é à toa que entrei com um pedido na PGR para que seja extinto o PL por envolvimento com toda essa trama golpista”, disse o parlamentar por meio das redes sociais.
Janones, um indiciadoEm setembro, a Polícia Federal indiciou o deputado por um esquema de rachadinha no seu gabinete na Câmara.
O caso estourou no final de 2023, após o site Metrópoles revelar áudios em que Janones sugere a rachadinha, que é a prática de superfaturar o salário dos assessores. O caso está sob análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) que propôs um acordo para encerrar a investigação.
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Nas gravações, o deputado ordena seus funcionários a lhe repassarem parte de seus salários para “ajudar a pagar as contas” de sua campanha à prefeitura de Ituiutaba, em 2016. Em junho, PF confirmou a autenticidade do material.
Janones declarou no início do escândalo que a reunião teria ocorrido antes de ele tomar posse na Câmara. Ele foi eleito pela primeira vez em 2018 e assumiu em 1º de fevereiro do ano seguinte.
Entretanto, a íntegra de um dos áudios revelados indica que o deputado já exercia seu primeiro mandato.
Fonte: O Antagonista