Os Correios determinaram a proibição do uso do WhatsApp durante o expediente da estatal, citando riscos à segurança de informações sigilosas e impactos negativos à saúde física dos trabalhadores. A decisão foi comunicada oficialmente aos gestores em 18 de abril.
De acordo com o documento, o aplicativo de mensagens não oferece mecanismos de controle adequados sobre conteúdos classificados como restritos. A empresa afirma que o uso de grupos no WhatsApp para tratar de temas relacionados ao trabalho pode levar à exposição de dados sensíveis fora do ambiente monitorado pela tecnologia da informação da estatal.
– O WhatsApp particular não é gerido nem controlado pela tecnologia da informação da empresa, impossibilitando o monitoramento ou rastreamento de possíveis vazamentos de informações sensíveis ou de possíveis transgressões administrativas – diz trecho do comunicado.
Outro ponto destacado pela estatal é a ergonomia dos trabalhadores. Como o uso do aplicativo se dá principalmente via celular — já que ele é bloqueado nos navegadores dos computadores da empresa —, a prática poderia comprometer a saúde física dos empregados.
Como alternativa, a estatal definiu o Microsoft Teams como canal oficial de comunicação interna. A ferramenta já integra o pacote de soluções da Microsoft contratado pela empresa e, segundo os Correios, mais de 40 mil funcionários já têm acesso à plataforma. A estatal, no entanto, não explicou o que será feito em relação à outra metade do quadro de pessoal — a empresa possui mais de 80 mil empregados.