governo Lula (PT) ficou sem estoque para a entrega imediata de vacinas contra a Covid, apesar das críticas à gestão de Jair Bolsonaro (PL) em relação à pandemia, registrou a Folha de S.Paulo. O Ministério da Saúde, chefiado por Nísia Trindade, deixou vencer cerca de 1/3 do último lote comprado da farmacêutica Moderna, quantidade equivalente a 4,2 milhões de doses.
Segundo o jornal, todas as unidades estocadas estão vencidas, e a pasta, que reduziu a entrega das doses de imunizantes nos últimos meses, já reconhece que estados e municípios têm poucas vacinas, especialmente as destinadas ao público infantil.
O governo Lula (PT) ficou sem estoque para a entrega imediata de vacinas contra a Covid, apesar das críticas à gestão de Jair Bolsonaro (PL) em relação à pandemia, registrou a Folha de S.Paulo. O Ministério da Saúde, chefiado por Nísia Trindade, deixou vencer cerca de 1/3 do último lote comprado da farmacêutica Moderna, quantidade equivalente a 4,2 milhões de doses.
Segundo o jornal, todas as unidades estocadas estão vencidas, e a pasta, que reduziu a entrega das doses de imunizantes nos últimos meses, já reconhece que estados e municípios têm poucas vacinas, especialmente as destinadas ao público infantil.
Os lotes perdidos são parte de um contrato de 12,5 milhões de vacinas da Moderna, das quais a Saúde conseguiu repassar 8,26 milhões de doses adaptadas à variante XBB.
O contrato foi assinado por 725 milhões de reais.
Substituição de vacinas vencidasA Moderna já recolheu 1,2 milhão de unidades para trocar por doses com validade mais longa e deve substituir os 3 milhões restantes em dezembro, indicam documentos internos do Ministério da Saúde aos quais o jornal teve acesso.
Em agosto, a pasta de Nísia Trindade pediu à Moderna para trocar, sem despesa adicional, as vacinas prestes a vencer, alegando que a farmacêutica entregou imunizantes com validade mais curta do que a exigida no contrato.
Em setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a importação de 1,2 milhão de vacinas com validade até 2025 para substituir os lotes vencidos.
De quem é a responsabilidade?O diretor do Departamento do PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde, Eder Gatti, disse ao jornal que a distribuição de vacinas depende de “muitos outros atores” e que “imprevistos” desencadeiam o desabastecimento.
“Embora o ministério tenha orçamento, contrato e planejamento, dependemos de muitos outros atores nessa cadeia de abastecimento de vacinas. Quando acontece algum imprevisto ou problema, em qualquer uma dessas etapas, você tem algo que desencadeia na ponta, que é um determinado desabastecimento”, afirmou.
“Obedecemos a demanda estadual. Então, por exemplo, sabemos que os estados estão com estoque [para adultos]. Estamos com desabastecimento para a apresentação infantil, que vai se resolver”, acrescentou.