São Paulo recebe a 27ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que ocorre no Distrito Anhembi de 6 a 15 de setembro. Com 211 expositores, sendo 139 editoras e o restante empresas do setor editorial, esta edição da Bienal conta com 75 mil m² de estandes e atrações oficiais do evento, que planejou mais de duas mil horas de programação cultural.
Programação cultural
Pela Arena Cultural, principal painel da edição, já passaram vozes como do autor de clássicos infanto-juvenis Pedro Bandeira, e do youtuber Felipe Neto. No Salão de Ideias, a Bienal recebe Padre Júlio Lancelotti e Lucinha Araújo, mãe do poeta Cazuza, entre outros nomes de destaque. O Auditório Ziraldo, painel que homenageia o quadrinista que faleceu aos 91 anos em abril, inicialmente receberia as ministras Anielle Franco, Margareth Menezes e Sonia Guajajara, e o ex-ministro Silvio Almeida para uma conversa sobre a importância de ações antirracistas nas bibliotecas do país. Mas após polêmicas, nenhum dos quatro nomes do governo compareceu. Felizmente, o governo Lula marcou presença na celebração de abertura da Bienal, em 5 de setembro.
Lula deu largada à Bienal do Livro de São Paulo em 6 de setembro / Ricardo Stuckert
Expositores da Bienal
A diversidade de expositores impressiona: de Rocco e Intrínseca à Panini e Faber-Castell, vários possuem grandes estandes temáticos com filas quilométricas que podem render, para os mais corajosos e pacientes visitantes, brindes e descontos nas compras de títulos das editoras. Algumas delas também recebem seus autores para sessões de autógrafos exclusivas e selfies com os jovens e fiéis leitores.
A TVT News esteve no evento e selecionou cinco livros de autores nacionais para você adquirir na Bienal do Livro de São Paulo de 2024 e saborear a literatura brasileira. Confira!
Kuján e os meninos sabidos, de Ailton Krenak e Rita Carelli
O ativista Ailton Krenak se junta a Rita Carelli em sua estreia na literatura infantil com Kuján e os meninos sabidos. Na história, o “criador” volta à Terra como um “kuján” — um tamanduá na língua indígena krenak —, para ver como suas criaturas estão. Ao chegar, é caçado para uma festa na aldeia, sendo salvo por Roti e Cati, os dois meninos sabidos. A trama se desenrola a partir daí: o que será que o “criador” achou da sua recepção? Com texto de Ailton Krenak e artes de Rita Carelli, o livro nos convida a refletir sobre as nossas atitudes enquanto humanidade numa divertida narrativa.
Em agosto nos vemos, de Gabriel García Márquez
Livro inédito e póstumo de Gabriel García Márquez, Em agosto nos vemos traz a história de Ana Magdalena Bach, que todo mês de agosto viaja para uma ilha caribenha para colocar flores no túmulo de sua mãe. A vida de Ana Magdalena muda para sempre após uma noite de paixão fugaz, que a faz ansiar por cada mês de agosto para desfrutar de uma liberdade até então desconhecida. O premiado autor e jornalista colombiano apresenta um romance extraordinário, que faz um retrato de uma mulher à beira da descoberta.
Nada mais será como antes, de Miguel Nicolelis
O neurocientista Miguel Nicolelis estreia na ficção científica com Nada mais será como antes, que mistura cientistas, políticos, figuras históricas e personagens inventados numa narrativa em que o mundo como conhecemos começa a colapsar pela contínua destruição do meio ambiente, e os protagonistas, um matemático e uma neurocientista, tio e sobrinha, precisam lidar com dilemas pessoas e a possível ruína do planeta.
Marielle e Monica: Uma história de amor e luta, de Monica Benicio
Monica Benicio, viúva da vereadora Marielle Franco, assassinada em emboscada em 2018, conta pela primeira vez a história de amor vivida pelo casal por mais de 10 anos. Monica relembra como sua vida mudou após conhecer Marielle, e como de uma amizade, surgiu uma história de amor, luta e resistência, perpassada pela história pessoal de Monica e a trajetória política de Marielle.
Entre cobras e lagartos, de Ziraldo e Guto Lins
Livro inédito organizado e escrito por Guto Lins, resgata as ilustrações de Ziraldo criadas ao longo de sua carreira. Guto conta, sob uma nova perspectiva, a história da cobra que estava presente na criação de Adão e Eva, e que na mitologia grega compôs as madeixas fatais de Medusa. O conto infantil celebra as criações de Ziraldo e exalta o bom humor, que sempre foi essencial nas obras do artista.