O apoio ao requerimento de urgência do projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro não ficou concentrado apenas nos parlamentares de oposição ao governo Lula (PT), mas também se espalhou pela própria base do petista na Câmara. Ao todo, cerca de 115 deputados de siglas como MDB, União Brasil, PP, PSD e Republicanos, apoiaram a proposta.
Entre as siglas citadas, todas possuem ministros dentro do governo. Por causa disso, segundo a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, o fato de congressistas dessas siglas terem apoiado a proposição teria gerado insatisfação entre integrantes do Palácio do Planalto e uma resposta às legendas estaria sendo analisada.
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Na noite desta quinta-feira (10), o requerimento de urgência atingiu as 257 assinaturas necessárias para ser apresentado na Câmara dos Deputados. O número, por sinal, chegou a 258 apoios, um a mais do que o exigido para a apresentação do pedido.
Com o número de assinaturas tendo sido alcançado, o requerimento agora poderá ser protocolado no sistema da Câmara. Para que ele seja aprovado, são necessários também o apoio de 257 parlamentares. A votação da urgência, porém, não é incluída automaticamente na pauta e caberá ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidir quando isso acontecerá.
Caso o requerimento de urgência seja efetivamente aprovado e o projeto ganhe o novo status, a proposta não precisará mais passar pelas comissões temáticas da Casa e poderá ser analisada diretamente no Plenário, o que significa um enorme avanço de tempo para a aprovação final da medida.