O tribunal da Espanha condenou nesta quarta-feira (9) o técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, a um ano de prisão por não pagar impostos sobre suas receitas de direitos de imagem em 2014, quando ele estava no Real Madrid. Entenda mais em TVT News.
Carlo Ancelotti, treinador do Brasil, é condenado a um ano de prisão por fraude fiscal na Espanha
O italiano, que treinou o Real Madrid de 2013 a 2015 e entre 2021 e 2025, foi inocentado de uma acusação semelhante em 2015, já que o tribunal não conseguiu provar que ele havia permanecido tempo suficiente na Espanha para incorrer em obrigações fiscais, acrescentou o tribunal. Ele se mudou para Londres depois que o Real Madrid o demitiu em maio de 2015.
Segundo informações da Agência de notícias espanhola EFE, o valor supostamente não declarado chega a 1.062.079 euros, o equivalente a cerca de R$ 6,6 milhões na cotação atual.
Ancelotti será preso?
O treinador não deve ir para a cadeia, pois na lei espanhola, qualquer sentença inferior a dois anos por um crime não violento raramente exige que um réu sem condenações anteriores cumpra pena de prisão em regime fechado.
De acordo com a imprensa local, além da sentença, Ancelotti foi multado em 386 mil euros (aproximadamente R$ 2,5 milhões) pela Receita Federal da Espanha e não poderá obter auxílios ou subsídios públicos por três anos.
Apesar da condenação ter sido divulgada apenas nesta quarta-feira (9), a EFE informou que o julgamento do caso aconteceu entre os dias 2 e 3 de abril.
Em seu depoimento, Ancelotti disse que nunca pensou em fraudar algo e que fez o que o clube (na época o Real Madrid) e seus assessores lhe disseram.
O ex-técnico multi campeão de clubes como Bayern de Munique, Milan, e Real Madrid, de 66 anos, é a mais recente de várias celebridades do futebol a ser investigada e condenada pela autoridade fiscal espanhola por suposta fraude fiscal.
Diversas figuras públicas já estiveram na mira, entre eles Neymar, Cristiano Ronaldo, Messi e até a cantora Shakira. Todos fizeram acordo, pagaram multas pesadas, mas não foram presos.
Até o momento, o treinador não se pronunciou sobre a condenação. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entidade onde Ancelotti trabalha, também não se manifestou até então.
Em atualização*