O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, saiu em defesa da primeira-dama Janja (foto), alvo de críticas por suas viagens internacionais e atuação.
No sábado 29, o presidente Lula também se manifestou e afirmou que sua esposa “não é clandestina” e “não faz viagem apócrifa”.
“O presidente Lula expressa, com razão, sua indignação diante de atitudes desrespeitosas de certos agentes políticos contra a companheira Janja. Historicamente, as primeiras-damas do Brasil sempre desempenharam papéis relevantes em questões de interesse nacional, e Janja assim o tem feito, à sua legítima maneira”, disse Messias ao jornal O Globo.
O ministro citou ainda a atuação de Janja em pautas como igualdade de gênero, combate à fome e fortalecimento da cultura.
“Minha mulher não é clandestina”Lula afirmou no sábado que a primeira-dama “vai continuar fazendo o que ela gosta”, após questionamentos sobre sua ida antecipada ao Japão.
“Primeiro que a minha mulher não é clandestina”, disse o presidente. “Ela vai continuar fazendo o que ela gosta, porque a mulher do presidente Lula não nasceu para ser dona de casa.”
Questionado sobre a necessidade de divulgar antecipadamente as viagens da primeira-dama e os custos envolvidos, Lula mencionou sua ida à França.
Após acompanhar o presidente no jantar com o Imperador Naruhito e a Imperatriz Masako, no Palácio Imperial de Tóquio, Janja viajou para Paris, onde participou do evento “Nutrition for Growth”, sobre desnutrição infantil, a convite do presidente francês, Emmanuel Macron.
“Ela não faz viagem apócrifa. Ela faz viagem porque foi convidada, e não foi pouca coisa. Ela viajou a convite do governo Macron para discutir a aliança global contra a fome. E eu fiquei muito orgulhoso”, disse Lula.
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Uma semana sem agenda no JapãoJanja chegou ao Japão dias antes do presidente Lula, mas não cumpriu compromissos oficiais durante quase uma semana.
A primeira-dama viajou com a equipe precursora, responsável por preparar a chegada do presidente, e ficou hospedada na embaixada do Brasil em Tóquio. Segundo sua assessoria, a ida antecipada não teve caráter pessoal, mas foi planejada para uma agenda que acabou sendo adiada.
A antecipação da viagem de Janja ao Japão e ao Vietnã se tornou alvo de questionamentos da oposição. A deputada Julia Zanatta (PL-SC) protocolou um requerimento na Câmara pedindo explicações ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.