Uma das sete instituições recebeu um total de R$ 9,32 milhões da Open Society FoundationsSete organizações não governamentais (ONGs) que foram convidadas para uma audiência pública pela Advocacia-Geral da União (AGU) sobre as novas políticas da Meta, receberam recursos da Open Society Foundations, instituição do bilionário progressista George Soros.
São elas:
Artigo 19;
Electronic Frontier Foundation;
Alana Foundation/Instituto Alana;
Instituto da Hora;
Instituto Tecnologia e Sociedade;
InternetLab;
Sleeping Giants.
As informações podem ser encontradas no site da Open Society. A Associação Artigo 19 Brasil, entre 2017 e 2023, foi beneficiada com US$ 1,54 milhão (o que equivale a R$ 9,32 milhões na cotação atual).
Nesse período, a fundação de Soros apoiou ações da associação para “promover o acesso à informação como base para a liberdade de expressão e os direitos humanos no Brasil”.
De 2016 a 2022, a Electronic Frontier Foundation arrecadou US$ 1,17 milhão. Segundo declarações em suas páginas oficiais, a ONG tem como meta “proteger os direitos de liberdade de expressão definidos pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA, especialmente no contexto da era digital”.
Em 2019, o escritório nos EUA da ONG brasileira Instituto Alana, estabelecida em São Paulo em 1994, foi agraciado com US$ 100 mil. Por sua vez, o Instituto Da Hora obteve US$ 150 mil em 2021 com o objetivo de “promover o debate sobre dados digitais e segurança no Brasil”.
AGU convidou ONGs que defendem regulação das plataformas digitaisOrganizações que defendem abertamente a regulação das redes sociais se destacam entre os convidados da AGU.
O ITS Rio, Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, foi beneficiado com um aporte financeiro de US$ 1,35 milhão no período de 2017 a 2022. Conforme informações disponíveis em seu site oficial, a entidade tem como objetivo incentivar regulamentações que garantam a privacidade, a “liberdade de expressão” e o acesso ao conhecimento em ambientes digitais.
A Open Society explicou que o repasse foi destinado a “aumentar a participação cidadã na formulação de políticas, proteger direitos digitais e educar o público sobre pluralismo político, desafios à democracia on-line e possíveis aplicações da tecnologia blockchain para o bem público”.
O InternetLab, que também está entre as instituições beneficiadas pelo financiamento de Soros, recebeu US$ 840 mil entre 2016 e 2021. Identificando-se como um centro de pesquisa independente, o InternetLab utilizou tal financiamento para desenvolver projetos visando a “proteger os direitos humanos em uma era em que a democracia e a sociedade brasileiras são fortemente influenciadas pelas mídias sociais”.
Finalmente, a organização internacional de ativistas digitais conhecida como Sleeping Giants, que se autodenomina “progressista”, arrecadou US$ 1,12 milhão no período de 2022 a 2023, com dois pagamentos realizados em 2023. O coletivo se dedica a lutar contra discursos de ódio e desinformação.
O debate sobre as novas políticas da MetaA audiência pública para debater as novas políticas da Meta, promovida pela Advocacia-Geral da União (AGU), contará com a presença de 41 convidados. O evento está programado para acontecer amanhã, quarta-feira 22.
A agência de checagem Aos Fatos, o Sleeping Giants, além de grupos LGBT+, como a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos, a Aliança LGBTQIA+ e a Associação Nacional dos Travestis e Transexuais, estão inclusos na lista, juntamente com outros nomes.
A gigante da tecnologia anunciou na semana passada mudanças no modo como lida com informações no Facebook, Instagram e WhatsApp. Segundo Mark Zuckerberg, proprietário da big tech, a empresa implementará o sistema de “notas da comunidade” que é usado pelo X, deixando de lado os checadores. Adicionalmente, a Meta pôs fim às “iniciativas de diversidade” que reconheciam, por exemplo, a existência de mais de dois gêneros e permitiam o uso de absorventes em banheiros masculinos da corporação.
“É hora de voltar às nossas raízes em relação à liberdade de expressão”, defendeu Zuckerberg. “Os especialistas, como todo mundo, têm suas próprias inclinações e perspectivas. Isso ficou evidente nas escolhas que alguns fizeram sobre o que e como checar fatos. Um programa destinado a informar muitas vezes se tornou uma ferramenta de censura.”
As informações são da Revista Oeste.