Eles são acusados de redigir uma carta interpretada como pressão ao Comando-Geral para apoiar uma intervenção após a eleição de 2022, na qual Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ação suscita dúvidas sobre a real intenção por trás das acusações e levanta questões sobre o uso político das instituições.
Decisão Judicial e Escalada ao STF
O juiz Alexandre Augusto Quintas, da Justiça Militar da União, transferiu o caso ao STF, alegando que os fatos apurados não competem à esfera militar. Em sua decisão, ele afirmou: “Declaro a incompetência deste Juízo, declinando a competência em favor do Supremo Tribunal Federal.”
Assim, o STF, amplamente criticado por centralizar o poder e moldar decisões em favor do governo atual, analisará as acusações contra os militares.
Militares Alvejados por Investigação
A investigação interna do Exército indiciou três coronéis: Anderson Lima de Moura, da ativa, e Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo, ambos da reserva. O coronel Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, também citado, teve sua investigação suspensa por liminar judicial.
É curioso que militares respeitados, que dedicaram suas carreiras ao país, sejam agora tratados como criminosos por exercerem seu direito à opinião.
A Carta e o Contexto
A carta, amplamente divulgada como “golpista”, foi interpretada pelo então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, como uma pressão política. No entanto, é importante lembrar que questionar eleições e o direcionamento do governo não é apenas legítimo, mas essencial em uma democracia.
Qualquer tentativa de desqualificar esses atos como “golpe” apenas reforça o controle narrativo de uma esquerda autoritária, que teme o debate público.
Implicações e a Concentração de Poder
A transferência do caso ao STF simboliza o avanço de uma agenda de centralização de poder, onde vozes dissonantes, especialmente ligadas à direita, são tratadas como inimigas do Estado.
O uso político do Judiciário para intimidar opositores demonstra a fragilidade institucional de um país que, sob o governo de Lula, caminha perigosamente para um estado de vigilância ideológica.
Conclusão
O que está em jogo vai além de quatro militares sendo investigados: é o futuro da liberdade de expressão e a resistência contra uma agenda de controle absoluto.