A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), para que ela seja notificada a dar explicações sobre uma publicação na internet em que menciona a esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e acusa sua família de “roubar joias para pagar as contas”.
O post foi feito no X (antigo Twitter), no dia 10 de julho, quando Gleisi afirmou que Michelle e os filhos de Bolsonaro – senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL) – “vão se lançar em peso para o Senado”. “Mais um negócio de família!”, escreveu a presidente do PT. + Edinho Silva diz que quem precisa conduzir sucessão do PT é Gleisi Hoffmann
Na sequência, Gleisi citou um histórico de investigações da Polícia Federal (PF) contra membros da família e os acusou de ter cometido os crimes mencionados. “Depois de roubar joias para pagar suas contas, fazer ‘rachadinhas’ para comprar imóveis, tentar golpe [de Estado] para se manter no poder, vão atacar a política com estratégia familiar. Para eles o que importa é isso, se garantir. Não é sobre Deus, Pátria e Família, é só a própria, com muito dinheiro e poder”, publicou Gleisi. + 28% dos eleitores apostam em Michelle para enfrentar Lula em 2026, diz Quaest
Mais um negócio de família! Os Bolsonaros vão se lançar em peso para o Senado: Michele, Eduardo, Flavio e até o Carlos. Depois de roubar jóias para pagar suas contas, fazer rachadinhas pra comprar imóveis, tentar golpe pra se manterem no poder, vão atacar a política com…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) July 10, 2024
No pedido ao STF, a defesa da ex-primeira-dama argumentou que a dirigente partidária “tenta, ardilosamente, relacionar Michelle Bolsonaro com a prática de fatos gravíssimos como ‘roubo de joias’, ‘rachadinhas’ e ‘golpe de Estado’ para levar o seu nome ao descrédito público, com o intuito de macular a sua honra”.
Os advogados de Michelle justificaram ainda que o pedido de explicações tem como objetivo esclarecer afirmações equivocadas, ambíguas e dúbias e que é “essencial para a correta delimitação do alcance objetivo e subjetivo de futura queixa-crime”.