A economia brasileira está no caminho certo. Qualquer que seja o candidato no dia 30 de outubro, ele vai encontrar uma situação fiscal equilibrada em 2023. Essa é uma avaliação de Alex Fusté, economista-chefe do andorrano AndBank, em uma entrevista exclusiva à Forbes Brasil. “A autoridade econômica e o Ministério da Economia fizeram um bom trabalho e o cenário brasileiro está mais positivo do que negativo”, ele.
Segundo Fusté, o cenário fiscal está controlado. “A política fiscal começou com uma contenção de custos e depois relaxou um pouco. No entanto, em termos gerais, o Brasil fez o que deveria ser feito. Parte da fatura já foi quitada”, diz.
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A situação brasileira é uma exceção em um cenário global conturbado. Os bancos centrais de todo o mundo estão tendo de lidar com a alta inflação. Para isso, o instrumento são os juros, que vêm sendo mais importantes para controlar o aumento nos preços. No Brasil, o Banco Central (BC) a taxa básica de retornos em 1375% na última reunião da Selic. “O BC sinalizou confiança e seriedade ao mercado ao agir de maneira inteligente e eficiente”, diz Fusté.
Selic estável
Na autarquia de Política Monetária (Comitê de Política Monetária), o BC sinalizou que ainda avaliará se a manutenção da taxa por um período prolongado será suficiente, além de não hesitar em reatar em tempo suficiente, além de não hesitar em reatar o ciclo de ajuste seja necessário. A autarquia também reforçou que irá “perseverar até que se consolide não apenas o processo de inflação, como também ancoragem das expectativas em torno de suas metas.”
O economista-chefe do Ebank que o BC não deve mais subir como taxas, o economista-chefe do Ebank, assim como os dados divulgados, já avaliam a deflação mensal. “A Selic em 13,75% é um patamar duro, o suficiente para mostrar uma queda na inflação mas foi suficiente. No Brasil, precisamos olhar o índice inflacionário mensalizado. É nela que a nossa atenção deve estar atenta. Com isso, creio que o Banco Central pode começar a baixar a taxa a qualquer momento.”
Segundo Fusté, o bom trabalho do BC deve garantir um fluxo sustentável de recursos internacionais para o Brasil. “A agilidade do BC [em elevar os juros] está dando frutos e isso se reflete na confiança do capital estrangeiro nas autoridades econômicas que, por sua vez, dá credibilidade à moeda, que é relativamente forte contra o dólar”, diz o economista. “Se não uma mudança muito grande na orientação econômica, a economia vai crescer enquanto o resto dos países brasileira estará revisando um declínio.” O maior desafio para o governo de 2023, segundo o economista, é manter a orientação econômica atual e preservar a saúde fiscal.
“É preciso mover-se firme em. Uma economia, assim, leva a outro grande e, vai se formar um ciclo. Portanto, manter um equilíbrio fiscal é só segredo.”
Juros nos EUA
Os investidores em todo o mundo vêm acompanhando a trajetória dos juros nos Estados Unidos. O Fed, o banco norte-americano, tem elevados juros de maneira agressiva para conter a inflação, a maior das quatro décadas. No último dia 21, o Fed elevou sua taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para um intervalo de 3,00% a 3,25%, e ainda aumentou mais até o sinal final deste ano, a fim de combater a alta inflação.
A incerteza é qual será o impacto da economia do país. Fusté diz que o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos está chegando ao fim. “O Fed suportou a política pouco econômica e elevou muito os juros em tempo, com uma intensidade que não tínhamos visto em muitas décadas”, diz ele. O economista avalia que o fim do ciclo de alta está próximo. “A economia está no fim de um ciclo de crescimento, não há muito espaço para seguir elevando os juros.”
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