O tribunal exigiu que o Executivo tome “soluções técnicas imediatas” para bloquear o uso dos benefícios, com envolvimento de órgãos como o Ministério da Fazenda, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o Ministério do Esporte e a Caixa Econômica Federal.
Foi dado de 15 dias, para que as medidas sejam adotadas e a falta de regras de fiscalização no setor de apostas também foi questionada pelo TCU.
Impacto negativo das apostas no Bolsa FamíliaO relatório do Banco Central revelou que, em agosto deste ano, beneficiários do Bolsa Família gastaram impressionantes R$ 3 bilhões em apostas online.
O ministro Jhonatan de Jesus, que assinou a decisão, destacou que o uso indevido dos benefícios sociais subverte os fundamentos legais desses programas e justifica a intervenção do TCU.
A facilidade de acesso às apostas tem gerado um grave aumento no endividamento das famílias, principalmente entre as de baixa renda, e tem levado a consequências negativas para a saúde e a estabilidade social, afetando especialmente grupos vulneráveis como crianças e idosos.
Falha na implementaçãoO governo, mais uma vez, se mostra ineficiente em lidar com problemas críticos como o uso inadequado dos recursos públicos.
Embora a decisão do TCU exija ações imediatas, a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou, no último dia 13, que impossibilidades técnicas e operacionais impedem que as medidas sejam implementadas de forma eficaz.
Esta justificativa é mais uma evidência de como o governo tem falhado em cumprir suas responsabilidades, permitindo que o sistema de apostas online continue prejudicando a população mais vulnerável.
A incapacidade de identificar claramente a origem dos recursos usados nas apostas, como explicou a AGU, é apenas uma desculpa para não tomar as providências necessárias.
A verdade é que a gestão do Bolsa Família e dos programas assistenciais está longe de ser transparente ou eficaz, e enquanto isso, os privilegiados continuam a se beneficiar de um sistema ineficiente e desorganizado.