BRASÍLIA – O Tribunal de Contas da União (TCU) vai apurar o uso de dinheiro público no festival paralelo ao G20 organizado pela primeira-dama Janja da Silva, apelidado informalmente de “Janjapalooza”. O evento aconteceu de 14 a 16 de novembro, dias antes do encontro entre os chefes de Estado das 20 maiores economias do mundo, no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19.
O tribunal acolheu representações apresentadas pelos deputados federais Sanderson (PL-RS) e Gustavo Gayer (PL-GO), que criticam o uso de recursos públicos no evento. Sanderson, por exemplo, alega que o gasto de cifras significativas em cachês de artistas é incompatível com o atual cenário econômico do país.
“Não é admissível que recursos públicos sejam utilizados de forma questionável, principalmente em um momento em que o Brasil exige austeridade e responsabilidade fiscal. Esse tipo de gasto afronta os princípios básicos da gestão pública”, destacou o deputado.
O Festival de Cultura Aliança Global contra Fome e a Pobreza, promovido pelo Ministério da Cultura, em parceria com a Primeira-dama do Brasil, teria recebido R$ 33,5 milhões de patrocínio das empresas Itaipu Binacional e Petrobras.
O “Janjapalooza” teve a participação de Zeca Pagodinho, Seu Jorge, Daniela Mercury e Diogo Nogueira, entre outros.