As explosões na Praça dos Três Poderes expuseram uma divisão interna no PT sobre como tratar do projeto que anistia os envolvidos nos ataques do 8 de janeiro.
“É claro que o atentado atrapalha muito o projeto de anistia, mas ele ajudaria a reconciliar o Brasil. Não interessa a esquerda manter essa polarização. Defendo a anistia para os incautos, e não para os políticos e financiadores”, disse à CNN o deputado e prefeito eleito de Maricá, Washington Quaquá, vice-presidente nacional da sigla.
Em mensagem na rede X, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, foi no caminho oposto.
“O atentado de ontem em Brasília confirma que é imprescindível processar e punir todos os envolvidos no 8 de janeiro, como disse hoje o ministro Alexandre de Moraes”, escreveu a dirigente.
Em outro trecho da mensagem, Gleisi disse que quase dois anos depois dos acampamentos nos quartéis, da invasão da Polícia Federal, da bomba plantada no aeroporto de Brasília e da invasão dos Três Poderes, “vemos crescer um perigoso movimento para normalizar a extrema direita”.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu nessa quarta-feira (13) após detonar artefatos explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes.