A eleição presidencial nos Estados Unidos em 2024 trouxe novamente Donald Trump ao poder, gerando reações no cenário internacional. No Brasil, o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, manifestou-se sobre o apoio discreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à candidata Kamala Harris. Amorim destacou que Lula não fez críticas diretas a Trump, apesar das declarações públicas do petista.
Contrapondo-se a esta afirmação, alguns assessores de Trump trouxeram à tona comentários de Lula antes das eleições. Em uma entrevista, Lula expressou preocupação com o retorno de Trump, associando-o a uma nova face do fascismo e nazismo. O presidente brasileiro afirmou seu apoio a Kamala Harris, destacando sua admiração pela democracia.
O que Lula falou sobre Trump?
Lula, durante uma entrevista internacional, mencionou diretamente as ações de Trump em seu governo anterior, incluindo o ataque ao Capitólio, que ele considerou um evento inesperado e chocante em um país que sempre fora visto como um exemplo de democracia. Referindo-se a esses eventos, Lula alertou sobre a volta de ideologias extremistas sob novas formas.
Ele comentou: “Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do mandato… É o fascismo e o nazismo voltando a funcionar com outra cara.” Lula deixou claro seu apoio a Kamala Harris por acreditar que ela representaria valores ‘democratas’ de maneira contundente.
Em 29 segundos de vídeo, o Lula:> Atacou o Trump;> Disse que a democracia nos EUA ruiu;> Disse que agora só vê ódio e mentiras sendo destiladas, não só nos EUA, mas também na Europa e América Latina> Falou que isso é o fascismo e o nazismo voltando a funcionar com outra cara pic.twitter.com/gXCdTFxQGe— Como Tanka o Bostil? (@Como_Tanka) November 8, 2024
Como o Governo Brasileiro Pretende Lidar com o Novo Mandato de Trump?
Apesar das tensões e declarações anteriores, Celso Amorim anunciou que o governo Lula busca manter relações diplomáticas estáveis com a administração Trump. Ele usou como exemplo as relações anteriores entre o Brasil e os Estados Unidos durante a presidência de George W. Bush, mesmo após a condenação brasileira à guerra do Iraque.
Amorim afirmou: “Vamos procurar manter uma relação normal.” Isso reforça a intenção do governo brasileiro de separar discordâncias políticas de questões diplomáticas e comerciais, garantindo um diálogo contínuo e construtivo.
Donald Trump / Créditos: depositphotos.com / gints.ivuskans
Desafios para a Diplomacia Brasileira
A diplomacia brasileira enfrenta o desafio de equilibrar cooperação e divergências ideológicas com o governo americano sob Trump. Manter as portas abertas ao diálogo, mesmo com visões políticas distintas, será crucial para preservar interesses econômicos e geopolíticos.
Os exemplos de relações passadas, como com Bush, mostram que é possível navegar em mares diplomáticos turbulentos sem comprometer laços importantes. O Brasil, sob a liderança de Lula, parece disposto a seguir esse caminho, tentando apostar na diplomacia como ferramenta para encontrar um equilíbrio entre princípios e pragmatismo.