Marília Campos, atual prefeita de Contagem, alcançou uma vitória significativa ao conquistar seu quarto mandato. No entanto, mesmo diante de uma aprovação expressiva de 80%, ela decidiu não se candidatar ao governo de Minas Gerais em 2026. A razão para essa decisão é o forte antipetismo no estado, que, segundo Marília, seria um obstáculo intransponível para uma candidatura pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
A experiência de Marília ilustra o impacto do antipetismo em Minas Gerais, onde ela acredita que sua candidatura encontraria forte resistência devido ao estigma associado ao seu partido. Apesar de seu sucesso em Contagem, Marília reconhece que a rejeição ao PT impediria a realização de um projeto de governo eficaz para o estado.
Qual o Caminho para o Futuro Político de Minas Gerais?
A busca por uma alternativa ao PT no cenário político mineiro é uma preocupação central para Marília Campos. Ela defende a necessidade de um candidato de centro que resgate o desenvolvimento do estado sem os estigmas associados ao PT. Para Marília, esta figura ideal seria Rodrigo Pacheco, senador pelo PSD, a quem ela admira por sua capacidade de diálogo com os diversos municípios mineiros.
Marília enfatiza que um projeto de governo para Minas deve ser inclusivo e capaz de lidar com a diversidade política e social do estado. A proposta de Pacheco representa, em sua visão, a possibilidade de unir forças progressistas e conservadoras em torno de um objetivo comum de crescimento sustentável e integração regional.
Justificando apoio a Pacheco: “O antipetismo é muito forte”, confirmou Marília. . – Créditos: depositphotos.com / joasouza
Os Desafios das Coligações Políticas em Minas Gerais
Enquanto Marília Campos evita se lançar em uma candidatura estadual devido ao antipetismo, o cenário político mineiro apresenta outros desafios significativos. O governador Romeu Zema, por exemplo, adota uma postura crítica em relação ao governo federal e ao Judiciário, o que tem gerado tensões no debate público sobre segurança e políticas fiscais.
Zema optou por não participar de discussões federais sobre segurança pública e se absteve de implementar o DPVAT junto ao IPVA, argumentando oposição ao governo federal. Essas decisões afetam as finanças públicas e a segurança no estado, tornando necessária uma redefinição das alianças políticas e estratégias administrativas.
Como as Parcerias Regionais Podem Ajudar no Desenvolvimento?
Para enfrentar os desafios de infraestrutura e segurança em Minas Gerais, a colaboração entre os municípios e o governo estadual é essencial. Marília Campos, em conjunto com o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, está planejando melhorias na Grande BH, como a construção de uma alça viária na Arena MRV. Este projeto visa melhorar o trânsito e facilitar o acesso ao estádio, beneficiando residentes e visitantes da região.
Além disso, há uma pressão crescente para o estado investir em sistemas de monitoramento e equipamentos de segurança, que atualmente são financiados principalmente pelas prefeituras. Esses projetos conjuntos refletem a capacidade de articulação local para compensar as lacunas deixadas pela administração estadual.