O senador Marcos Pontes (PL-SP) anunciou, nesta terça-feira (29/10), a própria candidatura à presidência do Senado Federal. As eleições para suceder o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), serão realizadas em fevereiro do ano que vem.
O anúncio do paulista, feito em plenário, contraria o que disse o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda nesta terça em visita ao Senado. Segundo Bolsonaro, o Partido Liberal (PL) vai apoiar Davi Alcolumbre (União-AP) na disputa.
“Nós devemos dar apoio ao Alcolumbre, ele deve ser o presidente do futuro”, afirmou Bolsonaro, que também reiterou que a sigla quer cargos na presidência de comissões da Casa. O ex-presidente apontou que o apoio a Hugo Motta para a presidência da Câmara dos Deputados ainda não está definido: “Eu pessoalmente não tenho um peso, mas eu não quero impor nenhum dos três nomes pra bancada”.
“Nosso povo não quer mais discursos, não quer mais inércia, não está interessado nos detalhes do processo legislativo ou dos acordos políticos. O povo quer ver o Senado cumprir a sua função institucional. Ele quer ver mudança e ação”, discursou Pontes ao anunciar sua candidatura em plenário.
“Não vejo isso como uma luta de partidos, ideologias ou poder. Essa é uma luta pelo Brasil, pelos brasileiros. Ressalto que essa é uma decisão minha, pessoal – decisão pessoal, não do meu partido. Não tenho o apoio irrestrito dos partidos, que certamente já têm os seus acordos e articulações políticas feitas, mas tenho o direito e, principalmente, o dever de me apresentar e agir em nome dos milhões de brasileiros que represento aqui e que confiam em mim”, ressaltou.
O nome do senador Davi Alcolumbre se coloca como favorito para a sucessão. Formalmente, já recebeu o apoio de cinco partidos: União Brasil, Republicanos, PP, PSB e PDT. Dessa forma, já tem o voto de ao menos 25 senadores.