Flávio Bolsonaro prevê controle da direita sobre o Senado em 2027 para possibilidade de impeachment de ministro do STFNa quarta-feira (09), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) expressou ao site Metrópoles a sua crença de que, no ano de 2027, a direita possuirá domínio sobre 54 dos 81 assentos do Senado Federal. Isso significa atingir a quantidade necessária para a aprovação do impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Flávio Bolsonaro informou ao portal que sua meta é destituir o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e colocar um fim no que ele denomina como “maluquices” do juiz.
“Eu sempre falei que eu acreditava numa espécie de autorregulação do próprio Supremo contra esses arroubos absurdos, essas maluquices do Alexandre de Moraes. Por enquanto, ainda não aconteceu”, disse o senador, acrescentando que o impeachment do magistrado é “o último remédio amargo” para essa situação e tem condições de acontecer na próxima legislatura.
“Pelas contas que eu faço junto com outras pessoas muito experientes na política, a gente tem tudo para atingir um número de largada de 54 senadores dos 81 que vão exercer o mandato a partir de 2027”, afirmou Flávio Bolsonaro.
Para o senador, o Supremo Tribunal Federal não “conseguiu botar [Alexandre de] Moraes de volta na caixinha”.
O número de senadores mencionado por Flávio, 54 dos 81, representa o quórum necessário para aprovar o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sendo o mais alto exigido para votações no plenário do Senado, até maior que o mínimo requerido para emendas à Constituição.
A responsabilidade de iniciar a tramitação de um pedido de afastamento de ministros do STF cabe ao presidente do Senado, cargo atualmente ocupado por Rodrigo Pacheco. Pacheco já rejeitou ao menos dois pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes.
O mais recente, apresentado por Flávio Bolsonaro e outros senadores aliados no mês passado, foi precedido por um pedido de impeachment assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2021.
Naquela ocasião, Bolsonaro também havia prometido pedir o afastamento do ministro Luís Roberto Barroso, mas acabou desistindo.