O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não apenas torce pelo desembargador gaúcho Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), na disputa pela vaga reservada à Justiça Federal no Superior Tribunal de Justiça (STJ), como já fez chegar ao STJ um recado sobre o que pretende fazer caso seu preferido não seja escolhido na votação prévia que a Corte faz para selecionar os candidatos à vaga.
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Lula concluiu que Favreto tem boas chances de figurar na lista tríplice formada nessa votação, que é encaminhada para a escolha final do presidente da República. Mas já foi informado de que os ministros Mauro Campbell e Luis Felipe Salomão trabalham internamente por um concorrente do seu candidato, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
De acordo com os interlocutores do presidente da República, Lula faz questão de nomear Favreto, que além de ter feito parte da equipe de seu primeiro governo, foi quem determinou a sua soltura em julho de 2018, no auge da Lava-Jato, mesmo não sendo o relator do caso e em pleno plantão do Judiciário.
Na época, o petista estava preso por três meses após ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação do triplex do Guarujá.
De acordo com cinco fontes ouvidas pela equipe da coluna, entre integrantes do Poder Judiciário e interlocutores do seu círculo mais próximo, Lula tem dito que, se Favreto ficar de fora por causa da ação do grupo de Campbell e Salomão, o presidente vai barrar o candidato deles para a outra vaga de ministro que também está aberta, essa destinada a membros do Ministério Público Federal.
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