Após o jornal Folha de S. Paulo denunciar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por usar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar “bolsonaristas” no STF, senadores aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) produziram mais um pedido de impeachment contra o magistrado.
Apesar dos robustos materiais já divulgados, expondo que Moraes utilizava meios não-oficiais para obter relatórios contra desafetos políticos, alvos de inquéritos que ele mesmo conduzia no STF, todos os indícios, evidências e material comprobatório perdem seu efeito prático e jurídico ante a pessoa do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal.
Interlocutores de Pacheco afirmam nos bastidores que ele pretende, mais uma vez, segurar todos os pedidos de impeachment contra membros da Suprema Corte, de acordo com a coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Essa nova tentativa de impeachment de Alexandre de Moraes está sendo liderada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), que garante ter o apoio de 12 senadores e, agora, está atuando para conseguir o respaldo teórico de juristas para compor a fundamentação técnica do impeachment.
A gravidade das denúncias somadas à inércia de Rodrigo Pacheco podem agravar ainda mais o quadro de crise institucional que acomete o Brasil, produzindo maior ambiência de insegurança jurídica, cujos efeitos colaterais serão sentidos, principalmente, na seara econômica do país.