O advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, declarou no Twitter, nesta última quarta-feira (17), que os mais ricos estariam financiando os memes contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que ganhou apelido nas redes de “Taxad” ou “Taxadd”.
Para o AGU, os mais ricos estariam “perdendo benefícios” enquanto que os mais pobres seriam “contemplados na reforma tributária”.
– Quem financia a indústria de memes? Seriam os mais humildes, contemplados na reforma tributária? Ou seriam os mais ricos, alcançados pela tributação depois de muitos anos de benefícios? Vale a reflexão. Acho que os mais pobres não gastariam seus recursos atacando quem os defende. Vamos aprofundar a justiça fiscal com firmeza e correção – declarou.
Ele ainda usou a reportagem sobre o “Taxa Humana” compartilhada em um painel da Times Square, em Nova Iorque, o responsável pela promoção do meme nos Estados Unidos é um estudante de 19 anos que pagou cerca de R$ 250 no anúncio.
Messias adota a mesma postura que alguns aliados do governo federal e da grande imprensa, que acredita que haja um financiamento por trás dos memes compartilhados nas redes sociais.
Mas, de acordo com a plataforma Buzzmonitor, empresa de monitoramento das redes sociais, a brincadeira contra o aumento de tributos não são ataques orquestrados, sim uma manifestação espontânea que não começou nos últimos dias.
O monitoramento, divulgado nesta quinta-feira (18) pela Folha de S.Paulo, mostra que no primeiro dia de 2024, um usuário do X criticou “a sanha arrecadatória do Lula e seu vassalo Taxadd” em resposta a um post oficial do governo sobre o reajuste do salário mínimo.
Desde então, as menções desse apelido não pararam de crescer. Em janeiro, a expressão foi usada 339 vezes na rede social. O uso do apelido do ministro manteve-se baixo nos meses seguintes, atingindo um máximo de 833 menções em meados de maio, até começar a crescer na última semana e chegar a 895 menções.
Já na última segunda (15), Haddad foi mencionado 3.294 vezes com o apelido “Taxadd” nas redes sociais. E, pela investigação do Buzzmonitor, as citações do apelido do petista não são feitas por perfis falsos ou robôs, mas sim pelos próprios usuários.