Chegou o dia em que precisei tomar uma decisão que há muito tempo não tomava: cancelei um cartão que, por um bom período, foi o que eu mais estava usando.
Pois é, chegou ao fim a minha relação com o Azul Visa Infinite. Aquele que chegou a tomar um lugar como “queridinho” no coração dos milheiros – inclusive no meu! – agora é passado. Pelo menos no meu caso.
Mas o que me levou a pedir o cancelamento do cartão? Antes de contar, acho que vale lembrar outro relato que deixei aqui no Melhores Cartões, no ano passado, quando consegui 80% de desconto no valor da anuidade do cartão mesmo sem chegar perto da meta de gastos exigida. E esse é o primeiro motivo.
Importante! A decisão do cancelamento do cartão é de cunho pessoal, e este post não tem intenção de incentivar ninguém a fazer o mesmo. Trata-se apenas de um relato pessoal, que você pode ou não se identificar. Por isso, se decidir tomar a mesma decisão, pense no seu uso e faça isso com consciência!
1) Sem negociação para desconto ou isenção de anuidade
Esse fator foi o motivo determinante para o cancelamento, já que, dessa vez, o Itaú se encontra irredutível na negociação da tarifa. Sim, eu sei que muita gente tem tido sucesso usando a mesma tática que eu usei no ano passado (e que, convenhamos, já não é mais tanto segredo assim, né?), mas esse não está sendo o meu caso.
Dessa vez eu tinha até mesmo argumentos melhores! No último ciclo, tive uma média de gastos relativamente elevada, e o cartão passou por mudanças significativas nos principais benefícios (motivo número 2). Mesmo assim, tentei negociar a anuidade em todos os meses seguintes – e fui ignorado com sucesso!
2) Mudança nas regras dos principais benefícios
No começo deste ano, a Azul mudou as regras dos principais benefícios do cartão Infinite: upgrade de cabine concedido para quem atingisse 100.000 pontos no cartão (o dobro da meta anterior!), e cortesia Diamante e Companion Pass limitados a apenas passagens pagantes, não valendo para bilhetes emitidos com pontos do Azul Fidelidade.
A combinação dessas alterações foi um duro golpe nos benefícios do Azul Infinite, e também foi levada em consideração para que eu fizesse o cancelamento.
3) Poucos voos com a Azul
Costumo fazer poucos voos com a Azul por motivos de localização. O aeroporto mais conveniente para mim é o de Guarulhos, em São Paulo, de onde a companhia opera poucos voos. Ou seja, mesmo os benefícios da categoria Diamante (atingida automaticamente com o cartão Infinite) para voar com a Azul acabam sendo pouco aproveitados, sem equilibrar a balança entre o pagamento integral da anuidade e os benefícios que utilizo.
Particularmente, gostaria de viajar muito mais com a Azul, que, na minha opinião, oferece os aviões mais confortáveis e o melhor atendimento a bordo, mas isso não está acontecendo ultimamente.
4) Sem planos para o uso de pontos Azul Fidelidade
No momento, não tenho planos para utilizar pontos do Azul Fidelidade tão em breve, o que é mais um motivo para não concentrar gastos no cartão e fazer com que os pontos fiquem “presos” ao programa.
Para voar com a própria Azul, como disse no tópico anterior, não há tantas opções convenientes para mim, e no Azul Pelo Mundo, embora haja boas oportunidades, a maioria dos resgates de passagens acaba tendo um valor bem elevado.
Por outro lado, isso é fácil de contornar caso os planos mudem no futuro. Como não tenho planos de viagens em um futuro próximo, tenho focado em acumular pontos nos programas de banco, como Esfera, Livelo e Átomos. Aí, é só aproveitar uma oferta de transferência ou compra de pontos bonificadas, já com a emissão de alguma passagem em mente.
5) Mudança de estratégia de cartões
Como disso no item anterior, não planejo usar pontos Azul tão cedo, e os planos de viagem estão estacionados por enquanto. No mês que vem, viajo para curtir a Olimpíada de Paris, e todos os voos foram emitidos usando pontos ou milhas, inclusive do próprio Azul Fidelidade, o que deixou meu saldo bem baixo.
Por isso, resolvi mudar a estratégia dos meus cartões. No momento, estou aproveitando a Bateu Ganhou, do Santander, com foco no cartão Unique (com a primeira anuidade isenta, da última promoção do banco), para turbinar o saldo na Esfera.
Ou seja, o Azul Visa Infinite, que já não estava sendo tão utilizado, acabou ficando ainda mais de lado.
Conclusão
Com R$ 100 por mês de anuidade e benefícios cada vez mais restritos, não fazia sentido para o meu uso continuar mantendo o cartão da Azul. Cheguei a negociar até mesmo um downgrade para o Azul Platinum com algum desconto ou isenção, mas nem isso foi possível.
Foi difícil tomar essa decisão, porque sei que alguns benefícios ainda poderiam ser úteis em algum momento, mas não estou disposto a ficar investindo o valor integral da anuidade todos os meses à espera de uma oportunidade.
Isso não quer dizer que o cartão seja ruim, muito pelo contrário! Acho os benefícios bem interessantes, mesmo com as mudanças recentes, e se conseguisse novamente um desconto ou quem sabe a isenção da anuidade, continuaria com ele sem problemas.
Por isso… até uma próxima, Azul Visa Infinite! Quem sabe não nos encontramos em uma outra oportunidade?