O ministro interino da Secretaria de Comunicação Social do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Laércio Portela, é aguardado na próxima terça-feira (25) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Ele será questionado sobre a existência do “gabinete da ousadia”, grupo formado por servidores da pasta, integrantes do PT e influenciadores de esquerda.
Uma reportagem do Estado de São Paulo revelou a existência de tal grupo, cujo o principal trabalho e definir os temas a serem trabalhados pró-governo nas redes sociais. A reportagem falou ainda de reuniões diárias que pautam os debates nas redes sociais.
Aprovado em 12 de junho, o requerimento de convocação foi transformado em convite, desta forma, o ministro interino não fica obrigado a comparecer na sessão. A mudança aconteceu após articulações do governo com os deputados que fazem parte da CCJ.
O autor do requerimento, deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), entende que “esta interação entre a Secom do Poder Executivo, o Secom de um Partido Político um partido político específico e Secom da Câmara dos Deputados, no contexto descrito, pode sugerir uma possível violação dos princípios de neutralidade e imparcialidade do aparato estatal e vindo a ferir a Separação dos Poderes”.
Por isso, a participação do ministro será necessária para explicar a existência deste gabinete, suas funções e até mesmo o destino de verbas que possam custear o seu funcionamento.
De acordo com o R7, o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), secretário nacional de comunicação do partido, informou em um evento interno do PT realizado em dezembro passado sobre a existência deste grupo, dizendo que se trata de um trabalho baseado em “metodologia” “ciência”, “expertise” e que “não é de graça”.