Em seu editorial, jornal afirma que o esquema de compra de apoio parlamentar continua no governo petista sem nenhum critério ou transparência
No último mês de 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF) proclamou como inconstitucional o denominado “orçamento secreto”, caracterizado como um complexo esquema de aquisição de suporte parlamentar. Entretanto, na realidade, a determinação do STF não se sustentou ao longo do tempo.
Durante a administração de Lula (PT), o sistema continuava a distribuir fundos federais para estados e municípios sem qualquer critério de distribuição ou transparência no uso do dinheiro público. O tema foi ressaltado na edição de domingo, 2, do jornal O Estado de S. Paulo.
“O orçamento secreto não apenas segue vivíssimo no governo do presidente Lula da Silva, como se converteu em valioso trunfo eleitoral neste ano de eleições”, denunciou o Estadão em seu editorial de opinião.
De acordo com a publicação, além de subverter a decisão do mais alto nível do Poder Judiciário, o que é “uma aberração”, existem muitas evidências de que o esquema veio para permanecer.
No entanto, o jornal revela que, a rigor, “nem de moeda de troca o esquema pode mais ser chamado”. Isso porque “ainda que o governo federal abra as comportas por onde jorram as emendas parlamentares, isso não se reverte em apoio congressual minimamente confortável”.
‘Invertam-se as posições de Lula e Bolsonaro’
O Estadão relembra que durante uma entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo, Lula, que na época era candidato à Presidência da República, chamou Bolsonaro de “bobo da corte”. Ele estava se referindo à condição de Bolsonaro como “um chefe de Estado sem poder”, pois era “refém do Congresso Nacional” e um presidente que “sequer cuidava do Orçamento”.
“Invertam-se as posições de Lula e Bolsonaro quase dois anos depois e o quadro segue rigorosamente inalterado”, analisou o jornal, que chamou o esquema comandado pelo petista de “orçamento secreto 2.0″ e “em tudo antidemocrático”. As informações são da Revista Oeste.